Fundo agrícola da ONU anuncia liberação de R$ 56 milhões para projetos no semiárido do Piauí
O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) informou ao governo do Piauí que disponibilizará um financiamento adicional de 56 milhões de reais para o Projeto Viva o Semiárido (PVSA). Iniciativa busca consolidar e expandir base produtiva de comunidades agrícolas do estado. Objetivo é estimular geração de renda no meio rural. Projetos financiados pela agência da ONU deverão beneficiar 5.360 famílias.
O programa já recebeu investimentos de 20 milhões de dólares — cerca de 68 milhões reais. Com o aditivo, o Viva o Semiárido alcançará uma soma de 125 milhões de reais em recursos oriundos do organismo internacional.
O montante está sendo aplicado em 112 planos de negócios, implementados por associações de produtores e pela Secretaria do Desenvolvimento Rural do estado. Outras 40 estratégias estão em análise. Quando aprovadas, iniciativas alcançarão 1.607 mulheres e 823 jovens — dois públicos-alvos do PVSA.
No Piauí, a verba do FIDA é direcionada para o desenvolvimento das cadeias produtivas da apicultura, piscicultura, ovinocaprinocultura, criação de galinha caipira, cajucultura, mandiocultura e horticultura, além de também serem injetados na capacitação de jovens. O financiamento adicional deverá fortalecer novas áreas de atuação do PVSA, como investimentos hídricos de pequena escala, inovações e meio ambiente.
Para o oficial de projetos da agência da ONU no Brasil, Hardi Vieira, as expectativas são muito positivas, pois a equipe do PVSA vem fazendo um excelente trabalho e merece o apoio do fundo devido aos resultados apresentados.
“Nossa expectativa é de que os investimentos produtivos e planos de negócios sejam sustentáveis e façam uma diferença na vida dos pequenos agricultores do Semiárido do Piauí. Para tanto, alguns pequenos ajustes são necessários na implementação do PVSA e isso foi acordado no memorando da missão de revisão de meio termo, em maio de 2017″, enfatizou o especialista do FIDA.
“Entre os acordos, vale destacar uma atenção especial ao tema de gênero e à contratação da assistência técnica em gestão para permitir que os planos de negócios sejam bem geridos e exitosos”, acrescentou Vieira.
O direcionamento do aditivo ainda será formalmente definido durante uma nova missão do Fundo ao Piauí. Visitas estão previstas para serem realizadas de 21 de agosto a 1º de setembro deste ano. A partir da viagem, será produzido um documento que precisará ser aprovado nas instâncias federais e junto ao FIDA. A equipe da agência da ONU antecipou que a assinatura do aditivo está prevista para o primeiro semestre de 2018.
Porém, poderá ser negociado com o governo durante o desenho, a possibilidade de reconhecer gastos retroativos, ou seja, antes da assinatura e depois da negociação do contrato.
O secretário estadual do Desenvolvimento Rural, Francisco Limma, afirmou que a aprovação do aditivo é uma conquista do estado do Piauí. “Esse é o resultado do desempenho do PVSA, retomado em 2015, uma vez que esteve paralisado no governo anterior. Ficamos muito satisfeitos com sinalização da agência da ONU para os nossos bons resultados”, disse.
O principal público-alvo do Viva o Semiárido são grupos de produtores rurais com interesses comuns, organizados em entidades, legalmente constituídas, como associações e cooperativas. Também são priorizados mulheres, jovens e pessoas provenientes de quilombos.
Fonte: ONU