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Amazônia: incomparavelmente rica em biodiversidade


A Amazônia ocupa mais da metade de todo o território brasileiro. São cerca de 60% de verde, água, florestas, árvores imensas, madeira, borracha, castanha, além, claro, de uma riqueza cultural e tradicional sobre o uso de todos esses recursos naturais. Lá está uma das maiores florestas do mundo, incomparavelmente rica em biodiversidade, a Floresta Amazônica. E por isso, a extração vegetal é uma das principais fontes de renda dos agricultores familiares amazonenses. É de lá que vem, por exemplo, um dos mais puros açaís, e parte da borracha e das castanhas consumidas no país, por meio do extrativismo. E o melhor, muitas vezes por processo sustentável, uma forma de manter toda essa riqueza.


O bioma Amazônia é um conjunto de ecossistemas interligados pela Floresta Amazônica e pela Bacia Hidrográfica do Rio Amazonas. É maior bacia do mundo. Cobre cerca de 6 milhões de km² e tem 1.100 afluentes. O Rio Amazonas corta a região para desaguar no Oceano Atlântico e lança ao mar cerca de 175 milhões de litros d’água a cada segundo. A Amazônia, além do território brasileiro, ocupa ainda além as áreas territoriais da Bolívia, Guiana, Guiana Francesa, Suriname, Peru, Colômbia, Venezuela e Equador.


O uso dos recursos florestais é estratégico para o desenvolvimento da região. A Cooperativa do Artesanato Sustentável do Amazonas (Coopsam), crescida na região de Manaus, é um exemplo. Os cooperados trabalham com a sustentabilidade, com geração de emprego e renda, além da estruturação de um produto artesanal, de olho no mercado de turismo da região. Precisam de madeira, de extração vegetal, de fibras. A cooperativa surgiu há cerca de quatro anos, após um projeto do governo, mas está de pé, hoje, por suor dos próprios cooperados. Ao todo, são 20 famílias, algumas com até 10 pessoas trabalhando.


Sementes de açaí, restos de madeiras e fibras viram “joias” nas mãos dos produtores, distribuídos por sete municípios e aldeias indígenas. “O agricultor colhe a semente do açaí, tira a polpa e reaproveitamos a semente. Vira uma conta que, depois, vira um colar, um brinco ou uma pulseira, por exemplo. Temos com a gente comunidades tradicionais, caboclos e indígenas”, explica o presidente da Coopsam, Gumercindo Saraiva Furtado de Souza Neto – caboclo de nome cumprido, herdado dos avós, bisavós índios e caboclos.


As bijuterias saem da floresta, mas, segundo Gumercindo, isso é feito de forma regenerativa. “Temos muito contato com os artesãos, de orientação de manejo, importância da coleta seletiva, beneficiando todo processo, de aproveitamento, mas em sintonia com o meio ambiente”, pondera o agricultor.


Proteção

Em 2009, a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), juntamente aos estados e municípios, começou um novo tempo de cuidado. Uma fase de conservação e implantação de modelos de produção sustentável na Amazônia Legal. A Amazônia Legal é uma área de 5.217.423 km. Abriga todo o bioma Amazônia brasileiro, ainda contém 20% do bioma Cerrado e parte do Pantanal mato-grossense. Engloba ainda a totalidade dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do estado do Maranhão.


O conceito foi instituído pelo governo brasileiro como forma de planejar e promover o desenvolvimento social e econômico dos estados da região amazônica, que historicamente compartilham os mesmos desafios econômicos, políticos e sociais. Dentro da Sead, com o Programa Terra Legal, mutirões de regularização de terra marcam o esforço pela titulação das terras. "Nós, da Serfal, temos atuação em todo território do bioma Amazônia. É o maior do país e com a maior proteção ambiental. É um bioma muito importante e complexo e, por isso, precisa ser preservado. Todos os órgãos que trabalham no setor primário têm como dever e obrigação cuidar”, defende o subsecretário de Regularização Fundiária na Amazônia Legal (Serfal), Sorrival de Lima.


Conservação

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) trabalha com unidades de conservação, espalhadas por todos os biomas brasileiros. Hoje, é a principal ferramenta do governo para manter essas regiões sob constante cuidado. Ao todo, são mais de 2 mil unidades de conservação espalhadas pelo Brasil, sendo 327 do Governo Federal. São separadas em 12 categorias, que se encaixam em dois grandes grupos: o de Proteção Integral e o de Uso Sustentável. As unidades são geridas pelo Instituto Chico Mendes, desde a IN 29/2012.


O documento contém as regras construídas e definidas pela população tradicional beneficiária da Unidade de Conservação de Uso Sustentável juntamente com o Instituto Chico Mendes quanto às atividades que são tradicionalmente praticadas, como deve se dar o manejo dos recursos naturais e o uso e ocupação da área, com o objetivo de conciliar as atividades com a conservação ambiental. No bioma Amazônia, são cerca de 110 unidades de conservação.


Slow Food


A Sead, por meio do projeto Arca do Gosto - ligado ao Slow Food -, mapeou na Amazônia a farinha empaneirada de Bragança, no Pará. Entenda como funciona o projeto neste texto.

Conheça

Bioma Amazônia 40 mil espécies de plantas 2.500 espécies de árvores 300 espécies de mamíferos 1,3 mil espécies de aves 4,196.943 km² de florestas densas e abertas


Fonte: Sead






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