Recuperação ambiental é fundamental para desenvolvimento pós-conflito na Colômbia
Concluindo uma viagem à Colômbia, um grupo de especialistas da ONU Meio Ambiente afirmou nessa sexta-feira (24/03) que o país tem uma oportunidade única de promover meios de subsistência sustentáveis e resilientes, que são a base de uma paz duradoura.
De acordo com a agência das Nações Unidas, vários grupos rebeldes e criminosos, que controlaram grandes partes do país durante décadas, extraíram e exploraram ilegalmente recursos naturais que causaram grandes danos ambientais, com práticas que incluem o cultivo ilegal, o desmatamento e o uso não regulamentado de produtos químicos.
“A visita e a inspeção da equipe da ONU aos rios Quito e Atrato revelaram os níveis dos desafios ambientais trazidos pelas operações ilegais em grande escala e mecanizadas”, afirmou a agência em comunicado à imprensa.
“A destruição ambiental do rio Quito é significativa em termos de magnitude, devido à combinação de mineração ilegal e desmatamento”, acrescentou.
Além disso, a agência destacou que a liberação de mercúrio no meio ambiente adicionou desafios significativos, dado o potencial que o metal pesado e tóxico tem de atingir a comunidade através do ar, da água e da cadeia alimentar.
“O meio ambiente está no cerne do desenvolvimento pós-conflito na Colômbia”, frisou o diretor do escritório da ONU Meio Ambiente para a América Latina e o Caribe, Leo Heileman, destacando que a agência permanecerá firme apoiando o país.
O apoio inicial proposto pela agência inclui, entre outras coisas, recomendações técnicas e treinamento para a implementação efetiva de projetos de construção de paz ambiental; avaliação estratégica das principais intervenções pós-conflito; aconselhamento sobre medidas destinadas a melhorar as condições sociais, econômicas e ambientais do setor extrativo; entre outras medidas.
As autoridades colombianas sublinharam a importância de reforçar os dividendos ambientais da paz e fomentar o crescimento verde como pilares para o desenvolvimento sustentável.
Fonte: ONU